Crianças neuroatípicas e a decoração inclusiva
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) começa a dar sinais antes dos três anos de vida, mas você sabia que a decoração pensada para a criança neuroatípica é fundamental para o desenvolvimento saudável do pequeno? Conversamos com a Bianca Balbueno, psicóloga especialista em TEA, para entender melhor como criar um ambiente acolhedor para a criança autista.
Sobre o TEA
Ainda que suas causas não sejam completamente conhecidas, o autismo reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância.
Bianca explica que “no que se refere ao TEA, frequentemente são observados atrasos nos marcos do desenvolvimento, especialmente nas habilidades de comunicação e interação social”.
A importância do ambiente
“O ambiente interfere diretamente nos comportamentos da criança”, conta a especialista. A psicóloga explica que a organização aliada à ausência do excesso de estímulos ajuda a criança a manter o foco mais facilmente nas atividades propostas, além de ajudar a deixá-la mais calma.
“O ideal para uma criança com desenvolvimento atípico é um ambiente minimalista e funcional. Dessa forma ela consegue melhorar sua capacidade de atenção e concentração, além de se localizar melhor nesse espaço.”
A autonomia
As técnicas para aumentar a autonomia no autismo devem considerar as habilidades de comunicação, autocuidado, interesses e metas para o futuro. Isso deve estar presente na educação de todas as crianças!
“Uma criança emocionalmente saudável interage com o ambiente, demonstra curiosidade, está em sua maioria num estado emocional animado e calmo, segura de que seus cuidadores fornecerão todo o afeto e cuidado necessário”, explica a profissional.
O tempo de tela
Na educação infantil, em casos de crianças neuroatípicas e neuronormativas, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que até os dois anos de idade, não haja nenhum contato com telas. Por serem estímulos visuais muito intensos, a criança deixa de entrar em contato com diversos outros estímulos que são importantes para sua formação cognitiva e motora.
“Alguns estudos ainda recomendam que o uso de telas, mesmo que por pouco tempo, deve ser mediado por um adulto e que a criança faça uso ativo das telas, como historinhas nas quais elas interagem teclando na tela para que os personagens falem, ou joguinhos educativos”, conta Bianca. “O uso passivo de telas é o mais prejudicial, pois a criança não precisa raciocinar sobre nada, apenas observa as coisas acontecendo numa tela em sua frente.”
Mas ficar fora das telas não precisa ser um desafio tão grande! Separamos algumas peças que garantem a diversão dos pequenos e mantêm a casa linda. Veja:
A collab da Lorena Canals e Oli&Carol foi pensada com várias peças interativas para incentivar a alimentação saudável, como o livro-têxtil Crianças Incríveis Comem Saudável e o tapete Veggie Garden.